Wednesday, April 25, 2007

Testament 24/04/2007 - Bar Opinião


Um dia esperado por muitos, TESTAMENT em Porto Alegre, pela primeira vez e com a formação clássica! Com exceção do baterista.

Cheguei lá por volta das 21:20h, o show estava marcado para as 22h, filas imensas se formavam na frente do Opinião, quase uma quadra inteira de comprimento. Gente pra caramba, até que o portão abriu e foi aquela gritaria.

Encontrei dois amigos meus, o Fernando Chechecudo e o Biscoito. Então acompanhado de ambos, entrei.

Lá dentro não estava tão cheio, achamos um excelente lugar na pista que tinha até um suporte pra deixar a garrafa de cerveja e ver o show de um ângulo privilegiado. Som mecânico rolando "Fight Fire With Fire" do Metallica.

No palco estava uma bateria coberta por um pano preto, que logo depois foi revelada num modelo relativamente simples, mas com dois bumbos e muitos pratos, sem muitos tons e tambores. Cabeçotes Marshall e caixas Dahm pra guitarra do Skolnick, não consegui ver o cabeçote do Clemente nem o Ampli do Greg. Soma-se ainda um pano de fundo com o nome TESTAMENT e dois telões de plasma nas laterais.

O som mecânico cessa, a fumaceira começa, as luzes se apagam, começa a rolar a introdução...e a gritaria se faz mais forte! A sombra do baterista acenando, depois o vocalista entra na penumbra, acena pra todos, as luzes acendem e a banda inteira entra detonando com "The Preacher".

Pessoal, eu vou dizer pra vocês, eu tenho o DVD recente deles ao vivo e afirmo: o show que eu vi ontem é MUITO MAIS PERFEITO que o DVD!

A primeira coisa que chama a atenção: o guitarrista Alex Skolnick (clone do Kleidir). O cara está muito mais seguro, toca sorrindo, vai à frente na hora de solar, levanta os braços, atiça o povo...vai ter performance de palco assim na PQP! O baixista Greg Christian é animal!!! Bate com força nas cordas do baixo, toca preciso, gritava de emoção junto com o povo, sorridente, emocionado, um magrão chupado clone do Charles Mason, impressionante! O batera novo é Nick Barker, um gordão careca parecido com o João Gordo mas com o dobro do tamanho! O papel dele foi cumprido direitinho, não acrescentou nada, tocando as músicas fielmente como foram gravadas. Peterson era a figura de sempre, preciso, agitando o tempo inteiro, e como o set desse show foi baseado nas músicas mais antigas, ele não solou muitas vezes, fez mais marcação de base. Deixei pra falar do destaque por último: CHUCK BILLY!

O vocalista é algo impressionante, atualmente quase idêntico a Mercedes Sosa!
O cara canta muito, mas muito mesmo, é perfeito, não desviou nada do que cantou no estúdio! E olha que pelo menos ele está 17 anos mais velho desde a época que registrou as músicas no estúdio! Dava pra ver o esforço e a emoção dele pra cantar, as partes com tons mais altos eram arrepiantes, perfeitas, aliadas com tons guturais, uma técnica impressionante.
Sem falar do fator frontman, carismático, sorridente...esse cara é fodão!!!
Inesquecível a hora q ele anunciou: "DISCIPLEEEES TO ...THE...WATCH...WATCH...WATCH!"

As músicas executadas não poderiam ser melhores, Over The Wall (o melhor momento do show), Trial by Fire, Greenhouse Effect (muito foda), Souls of Black (com um solo lindo), The Haunting (essa foi pra chorar), entre várias, todas executadas com muita paixão pela banda.

Sei lá, não tenho muito mais pra dizer, é o tipo de show que só sendo espectador mesmo pra saber a grandeza do momento proporcionado ontem! Hoje eles tocam em SP, amanhã em Curitiba e sexta no Rio, se eu pudesse pegava um avião e estaria lá na frente do palco novamente grtiando! Eles merecem!

Show histórico, sem dúvida!